domingo, 5 de agosto de 2012

Herói há um mês, Emerson Sheik diz: 'Não troco o Corinthians por lugar algum'

domingo, 5 de agosto de 2012 - by Unknown 0

Ele, enfim, se considera o herói corintiano na Libertadores. Mas essa conclusão, que demorou um mês para acontecer, foi tomada com a ajuda da Fiel. Em entrevista ao Lancenet!, em sua casa em Alphaville, na região metropolitana de São Paulo, Emerson Sheik garantiu que, após negar o rótulo no dia seguinte ao título, percebeu que a missão é das mais ingratas:

?' É quase impossível pedir para o corintiano não me considerar um herói ?' afirma.

Protagonista da final do dia 4 de julho, quando marcou os gols da vitória por 2 a 0 contra o Boca Juniors (ARG) que deram o título inédito para o Corinthians, o camisa 11 é desfalque neste domingo, contra o Vasco, em São Januário. O torcedor, porém, não tem motivos para se preocupar. O que ele mais quer é jogar pelo Timão. E por muito tempo...

Confira como foi a conversa:

Lancenet!: O que mudou na sua vida após a conquista da Libertadores? Já aceita o rótulo de herói?
Caiu a ficha só agora. Na minha primeira entrevista depois do título, aqui em casa mesmo, pedi para não me colocarem como herói. Somos um grupo. Todos ali têm o mesmo mérito. Mas acabei fazendo os dois gols e isso marca mesmo. Agora, é quase impossível pedir para o corintiano não me considerar um herói. Eles me param rua, agradecem. É tudo uma loucura depois deste feito. Minha vida mudou completamente depois daquela noite.

Lancenet!: E o tratamento dos torcedores rivais com você mudou também?
Todos conseguem ver que foi bacana o que conquistamos em campo. Pelo menos aí esquecem esse lance de serem rivais. São Paulo, Palmeiras, Santos... Nunca tive nenhuma situação chata. Ao contrário, sou muito bem tratado por todos eles, que me parabenizam.

Lancenet!: Um mês depois, já consegue ter noção do que foi o título para o corintiano? Tem consciência do quanto isso era esperado por eles?
Quando estou concentrado para os jogos, costumo abrir o Youtube (site de vídeos) e ver imagens da nossa torcida, gosto de ver essas coisas. Na pesquisa, sempre cai nos jogos finais da Libertadores. Aí eu vejo os caras chorando, andando de joelhos na arquibancada... Emoções diferentes das que a gente vê. É uma paixão mesmo, não é normal. Aí a ficha começa a cair. Nós, jogadores, sabemos tudo o que conseguimos. Foi praticamente um Reveillon, não parou a festa a noite inteira. Temos a consciência. Foi uma entrega danada e deu tudo certo.

Lancenet!: O fato de você ter tido uma infância pobre, em Nova Iguaçu (RJ), aumenta essa identificação?
Não são todos corintianos que são favelados. Não dá para generalizar. Mas esse lance de eu ter vindo de baixo, de ter batalhado muito para chegar onde cheguei, deve ajudar. Fui para porrada na vida, corri atrás. Talvez, por esse motivo, eles gostem tanto de mim. A Libertadores também ajudou um pouquinho, né? (risos). Mas essa minha origem me identifica muito com eles.

Lancenet!: E o Brasileirão? É possível se manter competitivo nele?
O Corinthians, por ser o atual campeão brasileiro e da Libertadores, com todo respeito a todos os times, não poder ficar beirando a zona de rebaixamento. Nosso primeiro plano era alcançar a nona, décima posição... Hoje já estamos por ali. Mundial? A gente nem conversa sobre. Ninguém mesmo. Nosso foco é o Brasileiro. Não dá para pensar lá na frente, senão chegaremos mal.

Lancenet!: Dá para apostar que, se esse Corinthians embalar, pode ser bi?
Tenho certeza absoluta que não vão poupar ninguém para ganhar esse Brasileiro. Claro que as rodadas finais estão perto da viagem para o Japão (em dezembro, para disputar o Mundial de Clubes), é complicado. Mas conquistamos dois dos três maiores títulos do continente. Se deixarem a gente embalar, vamos chegar perto. Temos que manter. Tenho certeza que, se deixarem a gente chegar, vai ficar difícil...

Lancenet!: Como está a sua vida em São Paulo? A ausência dos seus filhos, que moram com a mãe no Rio de Janeiro, é o que mais atrapalha?
É sim. Todos que me conhecem sabem que a relação que tenho com meus filhos é única (são dois, Emersom Júnior e Henry). Sou muito grudado com eles. Às vezes, saio de São Paulo à tarde, vou dormir com eles e volto para treinar no outro dia. Tento deixá-los na escola antes. Às vezes, só durmo lá. Tem vezes que nem os pego acordados, só passo a noite do lado. Se tem uma coisa que me deixa triste é a distância. No mais, não sinto falta de nada do Rio. Me adaptei aqui, gosto da cidade.

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