Ele é uma sombra inequívoca das partidas. Está sempre lá. E como tal, vagueia pelo meio de campo dando ritmo ao jogo. Discreto e instigante. Ronda a defesa, destruindo jogadas sem dar pontapé. Distribui o jogo como um gestor especializado em logística. Aparece fulminante no ataque, com um aproveitamento quase impecável.
Muito se fala do volante moderno. Ei-lo. Foi o grande jogador da campanha do título brasileiro do Corinthians no ano passado. Repetiu a performance ao longo de todo este ano, fundamental na Libertadores, igualmente agora.
Sempre discreto. E decisivo. O que lhe dá uma vulnerabilidade para os mais descrentes, aqueles que resistem em reconhecer seu talento e qualidade. Mano é um deles. Demorou para convocar o meio de campo corintiano. Está demorando para efetivá-lo como titular da seleção principal. Hesita em nome de uma filosofia de jogo que contempla jogadores genéricos de Dunga: o volante burocrático, paredão, limpador de pára-brisa, limitado à destruição de jogadas — e, às vezes, de jogadores. Paulinho deveria ser nome certo para a Copa de 2014. Ao lado de Ramires, formaria um meio de campo moderno, criativo, eficiente.
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